segunda-feira, 21 de junho de 2010
sábado, 19 de junho de 2010
Morre Saramago
terça-feira, 15 de junho de 2010
Leia entrevista de Zé Maria ao “A Tribuna”
Zé Maria, presidenciável do PSTU
José Maria de Almeida é metalúrgico, tem 52 anos, pai de Gabriel, de 12, e é candidato a presidente da República. Talvez você lembre dele da propaganda eleitoral na TV. Ele se apresenta como Zé Maria e disputou esse cargo outras duas vezes, em 1998 e em 2002, quando entoou o bordão do partido: “Contra burguês, vote 16”.
16 é o número do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU). A legenda nasceu em 1994 e tem, entre os fundadores, vários ex-petistas, descontentes com os rumos do partido da estrela vermelha. Zé Maria conhece bem o presidente Lula. Ficou preso com ele, na década de 70.
O presidenciável esteve em Santos no fim de semana participando do Congresso da Classe Trabalhadora (Conclat).
Por que não ocorreu a coligação do PSTU com outros partidos de esquerda?
Nós queríamos fazer. Propusemos desde agosto do ano passado, mas não conseguimos um acordo sobre o programa e sobre o critério de financiamento de campanha. Quando o PSOL procurou a Marina Silva (PV) para fazer coligação no ano passado, sinalizou para nós uma discordância de programa muito grande. Porque, para nós, a candidatura implica na defesa de um programa socialista para o País. E a Marina defende a continuidade do modelo econômico que está aí, como ela diz reiteradas vezes.
Mas no passado o PSTU apoiou o PSOL...
Fizemos a coligação com o PSOL porque construímos um acordo programático que era aceitável para os dois partidos. Então, na medida em que a Marina não aceitou fazer a aliança com o PSOL, retomamos o debate sobre o programa, mas a decisão do PSOL, que lançou agora a pré-candidatura do Plínio de Arruda Sampaio, é diferenciada do programa que o PSTU defende.
E qual é esse programa?
Nós achamos que um programa socialista pressupõe não pagar a dívida interna e externa, estatizar os bancos e o sistema financeiro, estatizar as grandes empresas, romper com o Fundo Monetário Internacional (FMI), estatizar o latifúndio, o agronegócio, as empresas que exploram os recursos naturais do País como a Vale do Rio Doce e reestatizar a Petrobras, porque ela vem sendo privatizada. São medidas que, na nossa opinião, são essenciais para que os recursos que o Brasil tem e a riqueza produzida pelo trabalho possam ser utilizados para atender a necessidade do povo. Sem isso, não muda o Brasil. E o pessoal acha que essas medidas são radicais demais. Vão no contrassenso do senso comum das pessoas. E há razão nisso. Vão mesmo. Só que eles valorizam muito essa relação com o senso comum para eleger o deputado. Nós também queremos eleger deputados, mas sem deixar de dizer a verdade para as pessoas. Hoje não temos deputados porque priorizamos esse tipo de campanha, para dizer o que o Brasil precisa fazer para mudar e o que o povo tem que fazer para que essa mudança ocorra.
O fato de o PSTU não receber dinheiro de empresas para a campanha ajudou a afastar aliados?
Esse é outro tema fundamental da nossa campanha. Não aceitamos dinheiro de empresas. Fazemos a campanha com a contribuição da própria militância, de trabalhadores e de jovens que concordam com o PSTU. Obviamente fazendo uma campanha muito mais modesta do que a deles. Nossa campanha não vai custar R$ 250 milhões, que os comandos do PT e do PSDB estão dizendo que vão custar suas campanhas. Vai custar, provavelmente, R$ 250 mil. É o que vamos conseguir arrecadar. Nós dependemos da ajuda dos trabalhadores, que não têm dinheiro para ficar gastando em campanha eleitoral.
Como o senhor analisa os gastos das outras campanhas?
O José Serra também não tem R$ 250 milhões para gastar. Nem a Dilma Rousseff. Como eles recolhem esse dinheiro? Eles recolhem com os bancos, com as empreiteiras, com as grandes empresas. E depois, quando ganham, governam para quem? Para os bancos, para as empreiteiras. Por isso que nós não aceitamos esse tipo de doação.
O governo, então, começa na campanha?
Sim. Os empresários fazem um investimento. Eles pagam a campanha do candidato e, depois, a autoridade eleita governa para eles, e não para o povo.
O senhor citou algumas ideias que muitos leram nos livros, quando estudaram. o que, de novo, o socialismo apresenta?
O problema é que essas mudanças são a base de uma sociedade igualitária que o País precisa. Infelizmente nunca tivemos isso no nosso País. Nosso País é a oitava economia do mundo, deve ser a quinta economia do planeta. É muito rico. Tem plenas condições de prover tudo que o povo precisa para ter uma vida digna, mas nós vivemos nessa condição de desigualdade. A primeira condição para mudar é exatamente isto: abolir a propriedade privada, colocar os recursos e a riqueza do País a serviço das necessidades do povo. A segunda fundamental tem a ver com a forma de governar.
E como deve ser?
Não pode ser como se governa agora, com deputados, governadores e presidente sendo eleitos financiados pelos bancos. Nós temos que construir instituições para o povo governar o Brasil. E é o povo governando o Brasil que vai criar as condições para mudar o País. Queremos levar para o processo eleitoral essa ideia. A classe trabalhadora brasileira acalentou, no final da década de 70, com a construção do PT, com a projeção do Lula, o sonho que ela poderia governar o Brasil. E governando o Brasil, mudar a prioridade, fazer com que no País a prioridade fosse o povo, e não o banqueiro. O Lula, para chegar ao Governo, abandonou essa ideia e fez um acordo com os bancos, com as grandes empresas e está fazendo um governo que mantém as mesmas prioridades de antes. Nós queremos resgatar aquele sonho da classe trabalhadora governando o País não com o banqueiro, mas contra ele.
O PSTU não reconhece avanços nos programas sociais do Governo Lula?
Não. Vou te dar dois exemplos, que o Governo mesmo costuma apontar como pontos fortes: o salário mínimo aumentou 57% em sete anos e meio, o Lula apresenta isso como grande vantagem. Nós não achamos que seja. Por que? Porque o lucro das grandes empresas, nesse mesmo período, aumentou 400%. Os bancos aumentaram a rentabilidade em 850%. Pergunto para você: por que o salário mínimo não aumentou 850%, ao invés de 57%? Porque a prioridade, na alocação da riqueza que o Brasil produziu nesses anos, foi para o banco. Esse é o resultado da política que o Lula aplicou. Veja o Bolsa Família: o Governo se orgulha, se apresenta no mundo todo como campeão do combate à pobreza. O Bolsa Família atende 12 milhões de pessoas e gasta R$ 12 bilhões, R$ 13 bilhões por ano. São 44 milhões de brasileiros que dependem disso. O Bolsa Família é uma ajuda, que varia de R$ 90,00 a R$ 130,00, para que uma família viva. O Lula gasta mais de R$ 130,00 por dia, com ele só. Como ele quer que uma família viva com R$ 130,00 por mês? O Brasil é um País rico, poderia e deveria assegurar a essas famílias emprego, salário digno, moradia digna, acesso à saúde, à educação pública. É isso que essas famílias merecem e não R$ 130,00 por mês. E o Brasil pode atender a essas necessidades se deixar de priorizar as empresas. O Governo está ajudando as fábricas de carro do País a vender desde o final de 2008. São algumas das fábricas mais ricas do mundo, que recebem recursos públicos.
O senhor falou da necessidade de reestatizar a Petrobras, mas hoje os indicadores internacionais a apontam como uma das principais empresas do mundo. com maior controle governamental, ela não pode perder competitividade?
Não. Ela vai ser maior do que é. A riqueza de petróleo que nosso País tem é enorme. Agora com o pré-sal, mais ainda. Qual o problema? Os donos da Petrobras hoje são os fundos de investimento dos Estados Unidos. Mais de 40% das ações são negociadas lá e eles controlam a administração da empresa. É uma empresa riquíssima, que funciona em função de que? Para alocar essa riqueza para atender as necessidades do povo? Não. É para mandar lucro para Nova Iorque, para os fundos de investimentos, que são os donos das ações da empresa. A discussão hoje no Congresso Nacional é sobre os royalties. O que vamos fazer com os royalties? Vão para o Rio de Janeiro? Vão ser distribuídos para todo o País? São 5% da renda do petróleo que eles estão discutindo. E os outros 95%? Vão continuar sendo apropriados pelos acionistas da Petrobras? Ou são do povo brasileiro? Nós achamos que têm de ser do povo brasileiro 100% da renda do petróleo. Para isso, a empresa precisa ser estatal. Para isso, ela não pode ser administrada em consonância com os interesses dos fundos de investimentos americano. Tem de ser administrada em função dos interesses brasileiros.
Esse discurso vale para outras empresas?
Vamos ter de reestatizar a Vale do Rio Doce. Os minérios que a Vale explora em nosso País são de importância estratégica ilimitada. A empresa lucra mais de R$ 20 bilhões por ano. Vai para onde esse dinheiro? Para os mesmos fundos de investimentos que são donos da Petrobras, que são os donos das ações da Embraer. A riqueza produzida aqui é remetida lá para fora.
Uma das propostas do PSTU é para que a população escolha os representantes do judiciário e da polícia. O senhor acha que o Brasil está maduro para essas medidas?
Eu acho que o Brasil não pode suportar mais a bandalheira que são os sistemas policial e judiciário do País. O crescimento e a predominância do narcotráfico e do crime organizado na vida social das periferias das grandes cidades seria impossível sem a conivência da polícia ou do Judiciário. Impossível. Todos os dias surgem escândalos. É justamente essa estrutura antidemocrática que permite essa situação. A população toda é vítima de uma violência infernal, e a nossa juventude, que mora na periferia, ora é vítima da violência do narcotráfico, ora é vítima da violência da própria polícia, que entra na favela atirando e matando as pessoas só porque são negras e pobres. Isso é inaceitável. Isso só existe porque ninguém controla a polícia. Ou, quando controla, é o próprio narcotráfico que controla. Tem que mudar. A mesma coisa o Judiciário. Como o juiz se dá o direito de decidir as coisas que decide, sempre a favor do rico, sem que ninguém possa contestar? Por que? Nós achamos que tem que mudar. A Justiça é um dos serviços mais importantes que a população tem de ter acesso.
O senhor conheceu bem o Lula, na década de 70. Qual a principal mudança do Lula da década de 70 e hoje, como presidente da República?
Estivemos presos juntos. Ideologicamente, com franqueza, o Lula sempre isso que ele é hoje. Na cabeça dele, desde aquela época, ele queria ser presidente da República. Ele nunca teve compromisso com mudança, de fundo, da estrutura econômica e social do País. Quando a gente perguntava para ele, naquela época: você é marxista? Você é socialista? Ele brincava: eu sou torneiro mecânico. Que é uma forma de desqualificar a experiência histórica da classe trabalhadora e o debate político. Ficava fazendo brincadeira para não assumir nenhum compromisso de conteúdo. Ele, naquele momento, lutava ao lado dos trabalhadores porque estava vinculado ao processo de lutas. Isso mudou. Ele se afastou do processo e, para poder realizar o sonho de ser presidente da República, ele fez aliança com o grande empresariado e com os banqueiros. E está fazendo um governo para os grandes empresários e banqueiros, virando as costas para aquilo que era o sonho dos trabalhadores que o elegeram, que era mudar o País, inverter a prioridade nesse País. Isso o Lula ignora solenemente hoje.
quarta-feira, 9 de junho de 2010
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Nova Greve geral pára a Grécia contra cortes nos salários e previdência
Da redação |
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Manifestantes enfrentam política durante protestos |
• Os números são desencontrados. Alguns afirmam ser esta a quinta greve geral vivida pela Grécia só neste ano. Outros, dizem ser a quarta, ou a sexta. O fato é que o país parou novamente nesse dia 20 de maio, em mais um dia de greve e mobilizações contra o pacote de cortes e arrocho imposto pelo governo. A última greve geral ocorrera em 5 de maio e levou centenas de milhares às ruas.
Os principais serviços públicos, como transportes, hospitais e escolas permaneceram todo o dia fechados. Pontos turísticos como a Acrópole ficaram fechados. Apenas o transporte público funcionou no início do dia, mas para levar os manifestantes aos locais das mobilizações. E de novo, milhares de pessoas foram às ruas protestar contra o conjunto de ataques do governo, como a reforma da previdência que eleva a idade de aposentadoria e o corte e congelamento nos salários do funcionalismo público e aposentados.
Os gregos se mobilizaram aos gritos de “tirem as mãos de nossas pensões”, “eles nos roubaram, assim que não pagaremos” ou “fora os abutres do FMI”. Assim como fizeram no dia 5, os manifestantes cercaram o prédio do parlamento. “Desobedeça, desobedeça, fora do parlamento todo o dia”, diziam, ao mesmo tempo em que xingavam os políticos de “ladrões”.
Escalada
A repressão desencadeada na jornada de mobilizações do dia 5 não foi o suficiente para impedir o novo dia de greve geral. Na ocasião, a polícia e o governo do “socialista” George Papandreou tentaram utilizar três mortes ocorridas durante as manifestações para criminalizar os protestos. As mobilizações, porém, só aumentam a cada dia, assim como a indignação do povo grego contra o pacote de cortes
Para se ter uma ideia da disposição de luta do povo grego, basta afirmar que as duas principais centrais sindicais que convocam as paralisações, a Adedy e a GSEE, que reúnem respectivamente os trabalhadores públicos e privados, são dirigidas por setores próximos ao Pasouk, partido do governo. Mas estão sendo empurrados para as mobilizações pela pressão dos trabalhadores. Grande parte das mobilizações são espontâneas, impulsionadas pelo rechaço do povo grego à política aos cortes impostos pelo governo, sob a pressão do FMI e da União Europeia.
O presidente Papandreou, que visitava o Líbano no dia, declarou cinicamente à imprensa que simpatizava com muitos dos manifestantes. “O povo grego está compreensivelmente expressando seu ponto de vista sobre a crise econômica”, disse. O presidente é uma das principais vozes a favor dos cortes, cumprindo a risca todas as determinações do FMI. “Mas também sabemos que precisamos seguir com nossas mudanças para fazer do país uma economia viável e competitiva”.
O que ele chama de “mudanças” é um ataque brutal aos salários, previdência e direitos socais, e “competitivo”, por sua vez, nada mais é que o sinônimo para um mercado de trabalho com salários baixíssimos, que seja atraente aos investidores internacionais.
Os olhos do mundo sobre a Grécia
A Grécia vem se tornando um exemplo aos trabalhadores de todo o mundo. A resistência contra a política de cortes já dura há meses e vem se intensificando com a aprovação do pacote de “austeridade”, contrapartida do país à “ajuda” equivalente a 140 bilhões de dólares da UE e FMI.
A luta na Grécia também se espalha pelo resto da Europa em crise. No próximo dia 2 de junho é a vez de a Espanha parar em uma greve geral contra o seu pacote de cortes. Se a política dos governos da Europa é praticamente a mesma para enfrentar a crise, os trabalhadores também respondem a esses ataques com uma mesma voz: a luta.
Fonte: http://www.pstu.org.br/
Os convocados de Dunga: Dos 23, apenas 3 jogam no Brasil
O G1 publicou semana passada um interessante artigo falando acerca dos convocados de Dunga. Vinte dos 23 não jogam no Brasil, alguns deles há 9 anos (Lúcio) ou 8 anos (Gilberto Silva, Daniel Alves, Juan).
No artigo é possível ler o comentário do cineasta Carlos Asbeg que afirma que:
“O Brasil continua com o mesmo modelo econômico de colônia, vendendo matéria-prima para depois comprar a manufatura. Nós vendemos os melhores jogadores do mundo e compramos a transmissão dos campeonatos chatíssimos da Alemanha e da Espanha. Quando teremos uma partida como aquele Santos e Santo André, por exemplo, num campeonato europeu?”
Leia: AQUI
quinta-feira, 6 de maio de 2010
PSTU lança suas pré-candidaturas, nesta sexta, dia 07, em Belém.
O PSTU lança o nome de José Maria de Almeida, o Zé Maria, como alternativa para eleição de 2010. O lançamento em Belém será nesta sexta, 07, a partir das 19h, no Clube Monte Líbano (São Brás). Além do lançamento da pré-candidatura de Zé Maria, haverá também os lançamentos das pré-candidaturas dos candidatos às eleições estaduais, como o lançamento da pré-candidatura de Cléber Rabelo, operário da construção civil, a governador do estado.
Iguais – Há anos, o país tem assistido uma falsa polarização entre governo e oposição de direita. PT e PSDB-DEM parecem diferentes, mas atuam em nome das empresas, dos bancos e do agronegócio. “Dilma e Serra representam o mesmo. Baixos salários e aumento do ritmo de trabalho, para garantir ganhos recordes e a remessa de lucros ao exterior”, afirma Zé Maria.
Para Zé Maria, Marina Silva aparece como algo novo, mas também representa a continuidade. Não propõe a ruptura com o imperialismo nem com o modelo neoliberal. Defende a ecologia, mas enquanto ministra, ocorreram os dois maiores retrocessos das últimas décadas: a liberação dos transgênicos e a transposição do São Francisco. “O desenvolvimento sustentável que ela propõe é uma ilusão, pois esbarra no lucro das empresas e multinacionais. É o mesmo que dizia Lula em 2002. Mas não há como defender o meio ambiente sem enfrentar empresas como a Vale. E sem lutar contra o capitalismo”, afirma.
ALTERNATIVA OPERÁRIA E SOCIALISTA – O novo nestas eleições é a pré-candidatura de um operário socialista. Como alternativa a Dilma, Serra e Marina, propomos a pré-candidatura de Zé Maria com um programa socialista. Para defender os trabalhadores, é preciso romper com o imperialismo, expropriar as multinacionais e os bancos. Só assim haverá saúde e educação gratuitas e de qualidade, salário e emprego.
Zé Maria é um operário com a mesma origem de Lula, nas greves do ABC. Não por acaso, estiveram presos juntos em 1980. Mas Zé Maria se manteve na luta e não se vendeu. Sua trajetória está ligada à classe operária e é um dos dirigentes da Conlutas. Pelo PSTU, disputou a Presidência em 2002, quando recebeu mais de 400 mil votos.
Declaração do PSTU sobre a frente de esquerda – O PSTU por acreditar que seria positiva e importante a construção de uma frente de esquerda, classista e socialista, que envolvesse PSTU, PSOL e PCB para as eleições deste ano, apresentou em agosto do ano passado, publicamente, esta proposta ao PSOL. Depois de meses sem nenhuma resposta à proposta que fizemos, fomos informados pela imprensa, em novembro passado, de decisão da direção do PSOL de buscar um acordo eleitoral para apoiar a candidatura de Marina Silva à presidência da República. Depois do acordo com Marina ter fracassado, o PSOL, a partir de suas correntes, lançou as pré-candidaturas de Plínio de Arruda Sampaio e Martiniano Alencar para presidente. Infelizmente, esta frente, não se concretizou pelos problemas internos que sofreu e vem sofrendo o PSOL neste último período que culminou no lançamento da candidatura de Plínio de Arruda Sampaio, em uma disputa tumultuada, com acusações de roubo de site e fraude dos dois lados. Em nossa opinião, a obrigação dos nossos partidos neste processo é centrarmos nossas forças no combate às alternativas burguesas, tenham elas o nome Dilma, Serra ou Marina.
É nisto que o PSTU pretende se concentrar nos próximos meses.
ASSESSORIA
(entrevistas, fotografias, vídeos e sonoras)
Em Belém Wellingta Macedo (PSTU Belém)
(91) 3246.7841 / 8885.2220
wellingtamacedo@hotmail.com
CONTATO
Zé Maria – (11) 6792-2304
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Livro narra histórias sobre comunistas no Pará
A realidade da Santa Casa de Misericórdia de Belém de 1958 não era muito diferente da que existe hoje. A população carente penava para conseguir um atendimento digno, morria abandonada pelo poder público, que pouco ou nada fazia para melhorar a vida dos mais necessitados. Foi ao deparar com este cenário caótico que o jovem estudante de medicina Alfredo Oliveira decidiu fazer algo que tentasse reverter essa situação.
A atitude de Alfredo foi engajar-se politicamente. Influenciado pela literatura sobre revolução social encontrada na biblioteca de seu pai, Ubirajara Moraes de Oliveira, decidiu entrar para o “Partidão”, o Partido Comunista Brasileiro (PCB). A partir daí, Alfredo nunca mais abandonou o partido, acompanhando de perto os percalços que ele sofreria ao longo do período da ditadura militar. Atuou perto de personalidades como Ruy Barata, Benedicto Monteiro, Raimundo Jinkings, Levi Hall de Moura e até Dalcídio Jurandir.
Agora Alfredo Oliveira une suas memórias a uma intensa pesquisa para produzir o livro “Cabanos & Camaradas”, onde ele relata em 700 páginas a presença das ideias revolucionárias no Pará desde a Cabanagem até a chegada do PCB ao estado. A publicação, elaborada e impressa sem nenhum tipo de apoio ou patrocínio, será lançada na próxima terça-feira (4), durante uma noite de autógrafos no hall da Assembleia Legislativa do Pará.
Esta é a 11ª obra de Alfredo Oliveira, que sempre gostou de escrever sobre fatos e pessoas relevantes para a história do Pará. Ele é o autor de obras como “Ritmos e Cantares” (1999) e “Carnaval Paraense” (2006), livros-referência nos assuntos que tratam.
“Cabanos & Camaradas” foi escrito para atender aos pedidos de “camaradas” de Alfredo. “Assumi o compromisso de fazer esta obra. Pena que alguns dos meus camaradas que pediram para eu escrever este livro não estejam mais vivos”, diz o autor.
De Eduardo Angelim a Karl Marx
Alfredo Oliveira aborda desde a importância do movimento da Cabanagem ao surgimento do PCB no Pará
Alfredo Oliveira começou a pesquisar há cinco anos. Iniciou pelo século 19, buscando falar da importância do primeiro movimento eminentemente popular do estado. “Procurei falar da Cabanagem sob a ótica de uma revolução popular, de ter sido a primeira luta pela conquista da cidadania para os filhos da terra. Este movimento também foi fundamental para se criar a consciência de uma Amazônia brasileira. É importante ressaltar a importância deste movimento porque, por muito tempo, a Cabanagem foi vista como um ato de banditismo. Um exemplo são certos nomes de ruas de Belém, como a 13 de Maio. Muitos pensam que se trata de uma homenagem a abolição da escravatura, mas não, é uma homenagem ao dia da derrota dos cabanos. Este dia chegou a ser feriado estadual por vários anos”, conta. Após a Cabanagem, Alfredo aborda a presença de ideias pré-marxistas (como o anarquismo e o anarco-sindicalismo) no Pará, já no final do século 19.
PCB
Já no século 20, Alfredo fala do surgimento do PCB no estado, em 1931. Para relatar a presença e a atuação comunista no Pará, Alfredo contou, além de sua própria memória, com o depoimento de diversas pessoas que fizeram parte do movimento ao longo dos anos, com o acervo de arquivos públicos, principalmente o do Rio de Janeiro. “Tive que viajar para fora do estado para entrevistar algumas pessoas, muitas já em idade avançada. Nos arquivos públicos garimpei os relatórios policiais sobre as atividades do PCB no Pará. Muitas das versões da polícia não condiziam com a realidade, para acusar os comunistas de atividade subversiva, mas foram importantes para eu obter datas, fatos e os nomes das pessoas envolvidas”, diz Alfredo.
Entre os fatos relatados por Alfredo estão os efeitos da revolução de 1930 em Belém, a revolta constitucionalista de 1932 em Óbidos e Belém, a derrubada de Magalhães Barata em 1935, a renúncia de Jânio Quadros em 1961, o golpe militar de 1964 e o período de chumbo da ditadura. “O que mais me comoveu foi a coragem dos militantes frente a repressão, a bravura deles”, enfatiza. A obra ainda aborda a influência no Pará de movimentos mais recentes, como a queda do muro de Berlim.
Para Alfredo, tudo valeu a pena. “A participação do PCB no estado foi muito rica. O movimento foi composto de personalidades importantes em todas as áreas, como Dalcídio Jurandir, Eneida de Moraes, Ruy Barata, Henrique Santiago e Imbiriba da Rocha. Continuo achando que se pode pensar em uma sociedade socialista, mas em um socialismo renovado e democrático”, finaliza.
QUEM É ALFREDO OLIVEIRA
Alfredo Carlos Cunha de Oliveira é médico, escritor e compositor. Tem 11 livros publicados e é autor de diversos sambas-enredo. Tem mais de 60 músicas gravadas por grandes nomes nacionais e regionais, como Fafá de Belém, Sebastião Tapajós, Jane Duboc, Leila Pinheiro, Neguinho da Beija-flor, Zé Renato, Flávio Venturini, entre outros. Ainda estudante, em 1958, passou a integrar a militância ideológica do PCB.
LIVROS PUBLICADOS
O touro passa? (1981)
Belém, Belém (1983)
Paranatinga (1984)
A pedra verde (1986)
Ruy Guilherme Paranatinga Barata (1990)
A partir da ilha (1991)
Ritmos e cantares (1999)
Almir Gabriel, trajetória e pensamento (2002)
Além dos deveres (2006)
Carnaval Paraense (2006)
Cabanos & Camaradas (2009)
SERVIÇO
Lançamento do livro “Cabanos & Camaradas”, de Alfredo Oliveira. Terça-feira (4), às 19h, no hall de entrada da Assembleia Legislativa do Pará (Rua do Aveiro, nº130 - Praça Dom Pedro II - Cidade Velha). Valor do livro: R$ 30.
Fonte: Caderno VOCÊ - Domingo, 02/05/2010 - Diário do Pará.
sábado, 1 de maio de 2010
1º de Maio de luta na Sé confirma unidade da esquerda na luta
da redação |
Diego Cruz | ||
Mesmo sem sorteio de prêmios, 3 mil pessoas foram à Sé |
• O 1º de Maio de luta na Praça da Sé, centro de São Paulo, reuniu cerca de 3 mil pessoas e diversas entidades sindicais e de movimentos sociais, estudantis e populares, pastorais, além de partidos de esquerda, como o PSTU, PSOL e PCB. Diferenciando-se dos atos-shows realizados pelas centrais atreladas ao Estado, o ato foi a expressão da independência dos setores combativos.
“É com muito orgulho que estamos aqui, junto com entidades como o MTST, a Pastoral Operária, as entidades de luta que, desde 1999, vêm fazendo esse 1º de Maio de luta”, afirmou Dirceu Travesso, pela Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas). O dirigente lembrou das diversas lutas que ocorrem em todo o mundo, desde a Europa, na Grécia e Espanha, até o Haiti, onde os trabalhadores se levantam contra os ataques do capital.
Travesso denunciou o governo Lula, que veta o reajuste nas aposentadorias ao mesmo tempo em que destina “mais de 300 bilhões a banqueiros e empresários durante a crise” lembrou dos desafios colocados pela esquerda neste ano. “Em junho vamos dar mais um passo na unificação da luta e da resistência, avançando na unidade”, disse ainda Dirceu, referindo-se ao Congresso de Unificação em junho que deve selar a fusão entre Conlutas e Intersindical.
Lutas
Foram lembradas, durante o ato, diversas lutas que já ocorreram este ano, como a greve dos professores da rede estadual, que enfrentou o autoritarismo do governo Serra. Os servidores do Ibama, em greve desde o dia 9, também foram lembrados. Teve ainda destaque a luta por moradia pelos sem-teto, principalmente a luta que se desenvolve no Jardim Pantanal, área alagada no início do ano, além da luta dos sem-terra.
“Enquanto tiver muita gente sem-terra e muita terra sem gente, vamos continuar ocupando”, discursou Guilherme Boulos, da direção do MTST.
Eleições
Num ano eleitoral, o tema das eleições e a esquerda não poderia ficar de fora. O dirigente nacional do PSTU, José Maria de Almeida, o Zé Maria, pré-candidato à presidência, indicou o objetivo desse processo para o partido. “Nas eleições, queremos elevar as lutas salariais e pelas questões imediatas para uma luta política, uma luta revolucionária e socialista”, disse.
Zé Maria explicou a razão desse ano não ter sido possível a reedição de uma frente de esquerda. “Achamos que uma campanha, a fim de se diferenciar das demais candidaturas e apontar a necessidade do socialismo, deva começar pela ruptura do imperialismo e a expropriação das grandes empresas e multinacionais”, afirmou, lembrando ainda a necessidade de a campanha ser totalmente financiada pelos trabalhadores, sem o financiamento das empresas. Esses princípios, assim, tornaram impossível a unidade com o PSOL nas eleições.
O pré-candidato à presidência pelo PSTU, porém, fez questão de deixar claro que a divisão nas eleições não pode significar a divisão das lutas. Chamando o pré-candidato pelo PSOL, Plínio de Arruda Sampaio, à frente do palco, Zé disse que “não podemos esquecer o fundamental que é a unidade na luta”. “O eixo da nossa campanha é o ataque a Lula e Serra, que representam a mesma política”, disse.
Já Plínio demonstrou a mesma preocupação, assegurando a defesa da unidade e lembrando do congresso de unificação em junho, que pretende juntar, segundo ele, os setores honestos e realmente de luta do sindicalismo. O pré-candidato do PSOL ressaltou ainda a importância do 1º de Maio de luta, fazendo uma brincadeira com os ativistas: “alguém viu meu cupom por aí? Vão sortear um carro, né?”, disse. Às vais dos ativistas, Plínio disse: “Ué, mas não vão dar nem um carrinho? Nem um apartamentinho? E vocês todos estão aqui?!”
“Nem Dilma, Nem o Serra, qualquer um deles, o trabalhador se ferra!” , gritaram os ativistas ao fim dos discursos. Como é tradição no 1º de Maio de luta, o ato terminou com a Internacional Socialista, tendo acompanhamento do Coletivo Mariguela, um animado grupo musical que acompanhou todo o ato.
[ 1/5/2010 17:56:00 ]
sexta-feira, 30 de abril de 2010
O STF e a impunidade dos torturadores
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O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou nesse dia 29 de abril uma ação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que pedia a revisão da Lei da Anistia para os torturadores da ditadura militar. A ação da OAB, partindo do princípio de que a tortura é crime comum e imprescritível, questionava a interpretação de que a anistia se estende a todos os tipos de crime, mesmo aqueles praticados pelos agentes da repressão. Por 7 votos a 2, porém, o STF garantiu a permanência da impunidade para os torturadores.
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Nossos princípios
- Independência de classe
- Socialistas e revolucionários
- Internacionalismo
- Democracia operária
- Contra toda a opressão
* A MOBILIZAÇÃO PERMANENTE DOS TRABALHADORES
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Após vitória no CONEUFPA, ANEL realiza sua 2ª assembléia estadual em Belém
Terminou no último sábado o 5° Congresso dos Estudantes da UFPA (Universidade Federal do Pará), o CONEUFPA. O Congresso contou com a participação de aproximadamente 2.500 estudantes da capital e do interior do estado, com um grande peso dos estudantes dos campus de Marabá, Altamira, Bragança, Breves e Castanhal. Os estudantes da capital foram prejudicados por uma decisão da Reitoria de não suspender as aulas, ainda assim houve uma grande participação de estudantes de outras universidades como a UEPA e UFRA.
Nada será como antes na UFPA, com a Assembléia Nacional dos Estudantes- Livre.
terça-feira, 27 de abril de 2010
Em Minas, Zé Maria defendeu fim de domínio de grandes empresas sobre riquezas do Brasil
• Na semana passada, Zé Maria esteve em Minas Gerais, junto com Vanessa Portugal, pré-candidata ao governo do Estado. Além da capital Belo Horizonte, o pré-candidato do PSTU à presidência da República esteve nas cidades de São João Del Rey, Mariana e Itajubá. Em São João Del Rey, participou de um ato com mais de 2 mil professores em greve.
Ele defendeu a reestatização da Vale sob controle dos trabalhadores. No dia do descobrimento do Brasil, Zé Maria comparou a mineradora aos colonizadores que saquearam as riquezas do país.
Durante a visita, um manifesto foi entregue à imprensa. Abaixo, reproduzimos o texto na íntegra.
Por uma verdadeira Independência Nacional
Neste dia 21 de Abril foi comemorado o feriado de Tiradentes, líder da Inconfidência Mineira, uma revolta que se tornou símbolo da luta pela independência de Minas Gerais da exploração da Coroa Portuguesa.
Hoje, 221 anos depois da Inconfidência, os trabalhadores de Minas e do Brasil continuam sendo explorados pelas grandes as empresas e bancos multinacionais.
Sob o governo Lula, banqueiros e empresários bateram recordes de lucro, enquanto os trabalhadores ficaram com as migalhas do crescimento econômico através dos programas sociais do governo, como o Bolsa Família.
Enquanto isso, os serviços públicos essenciais – saúde, educação, saneamento, transporte – vão de mal a pior, e estão sendo privatizados.
Esta realidade não mudará através de nenhuma das candidaturas majoritárias apresentadas até o momento.
Dilma (PT) seria a continuidade de Lula, um governo com cara de trabalhador, mas que governa para a classe dominante.
Serra (PSDB) seria a volta do projeto neoliberal de FHC, repudiado com razão pela maioria dos trabalhadores.
Marina (PV), uma tentativa frustrada de “terceira via”, que diz ser possível defender o meio ambiente sem romper com a política econômica atual.
Como alternativa a estes projetos, a candidatura de ZÉ MARIA PRESIDENTE (PSTU) apresentará um Programa Socialista para o Brasil. Defenderemos uma verdadeira independência, através do Não pagamento da Dívida Externa e do fim do superávit primário; a ruptura com o FMI e Estatização das empresas privatizadas, como a Vale e a CSN. Garantiremos uma Petrobrás 100% estatal, com monopólio sobre a exploração do petróleo. Serviços públicos gratuitos e de qualidade. Expropriação do Agronegócio e Reforma Agrária sob controle dos trabalhadores.
Minas Gerais, 21 de Abril de 2010
Fonte: http://www.pstu.org.br/